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notas da realidade ficcionada na lezíria
Quando o assunto do dia assim o obriga, explode um vulcão de palavras que se agrupam urgentemente, devastando o silêncio e a gramática elementar. Os dedos precipitam-se pelas teclas, num excesso de linguagem, e sente-se o medo de que algo fique por dizer. Já nem as frases respiram e o raciocínio, turvo, é uma mera pretensão. Palavras atrás de palavras. Repetem-se. Redundam. Reinventam significantes e significados. E a ideia apaga-se porque não restam intervalos para respirar. E então, nada.
A lei e a poesia são sofisticadas. Distinguem os elementos, relacionam possibilidades infinitas, aprofundam a simplicidade e espalham-na em partículas finas de camada quase imperceptível. A lei é poesia e a poesia é tudo. E a isto chamamos, então, civilização.