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notas da realidade ficcionada na lezíria
A mensagem automática dos ausentes em agosto é clara: lamentamos, mas a vida foi adiada para setembro. Ligo e peço para falar com alguém que me possa, pelo menos, dizer se as coisas estão a andar. Nada feito. "Pois, o doutor não está, terá de esperar que ele regresse." Mas não há aí ninguém? Fico impaciente. Parece que a informação está no computador do doutor, que ele só volta em setembro porque as pessoas também têm que ir de férias - é da lei -, e que o assunto deve estar a andar, mas por agora não podem adiantar mais nada, eu que tenha paciência. A vida que tenha paciência, não há ninguém no escritório. Estão todos ali, de papo para o ar, na internet.
A angústia é a certeza da incerteza.