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notas da realidade ficcionada na lezíria
A manhã nasceu fresca e esclarecida. Sob a montada, Teodoro admira agora um bando de flamingos que drapeia o mar-chão, plainando depois sobre o mouchão à espera que o barco passe e devolva o silêncio da preia-mar de novembro. A cidade, nem vê-la. Quanto menos notícias de lá, melhor. Comem-se vivos. Ao longe, uma nuvem de pó anuncia a chegada furiosa do patrão que, numa dessas urgências frívolas, vem cumprir o dever de mostrar quem manda. Restam-lhe agora poucos minutos para aproveitar as pequenas felicidades.