Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
notas da realidade ficcionada na lezíria
É a sexta vez, hoje, que ouço Uncle Remus, de Frank Zappa. Lembra-me uma época em que o corpo não estranhava os relvados urbanos, depois das correrias entre a Praça D. João I e a da República. Nos dias de calor, como o de hoje, uma brisa imaginária corria sobre nós como num oasis. O Porto era a nossa pátria de liberdade. Mas, na borda d'água as margens apertam-nos, como naquele poema de Brecht. E então regressa aquela vontade de anarquia juvenil, só para irritar, só para tirar do sítio. Vou, agora, ouvir Uncle Remus pela sétima vez. É um excesso necessário.