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notas da realidade ficcionada na lezíria
De toda a filmografia de Jim Jarmusch, Only Lovers Left Alive será a sua obra filosoficamente mais - como dizer? - preponderante. Talvez tenhamos chegado ao ponto em que se torna urgente valorizar o que construímos. Lembrei-me de um breve apontamento que havia escrito sobre este assunto, há uns anos, se me permitem a auto-citação:
"Desconfio que a memória não sobreviverá sem registo. A relatividade do Tempo é a soma do facto com a ideia. Sem a memória, a relatividade do Tempo não existe e o mundo tornar-se-ia caótico. Sem registo, a memória seria demasiado vulnerável à mudança e ao erro.
O fundamento das instituições, das organizações e da família é que a memória fique registada em várias formas, de modo a que seja transmitida, perdure e alimente a dogmática da soma da ideia e do facto.
Há, apenas, uma coisa que pode substituir o acompanhamento da transmissão desses valores: a imortalidade. "