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notas da realidade ficcionada na lezíria
O debate sobre o mérito de um regicídio é antigo e parece perpetuar-se sempre que a história nos bate à porta. Porém, a própria designação implica que matar o rei seja diferente de matar um indivíduo comum. Implica, por isso, que o rei é supra-humano e que o seu assassinato merece uma designação própria. Se, por um lado, há uma desumanização do monarca e uma relativização do homicídio, por outro lado, há uma legitimação da sua superioridade divina. Não se pode, porém, ignorar que as motivações políticas que levam a um homicídio de um rei são diferentes das que levam à tragédia de um conflito subjetivo - o homicídio comum. Assim, parece mais adequado designar o homicídio com motivações políticas de politicídio.